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segunda-feira, 9 de maio de 2011

Falta preparo das escolas para lidar com o bullying, dizem especialistas


O atirador da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio, declarou em vídeo gravado antes da tragédia que sofreu de bullying durante a vida escolar e, também por isso, iria se vingar. Um mês após o massacre que resultou na morte de 12 estudantes e o suicídio do assassino Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, as ações para evitar o bullying e a violência escolar seguem muito incipientes, na avaliação de especialistas ouvidos pelo Portal G1.

Eles afirmam que as escolas brasileiras não estão preparadas para desenvolver o assunto, a não ser de forma pontual e de maneira superficial. Sem preparo, a tendência é que as instituições 'lavem as mãos', perante um caso, segundo a psicanalista Sônia Makaron. “É um processo lento, temos de trabalhar a cabeça do professor. É um trabalho de formiguinha, não é tão simples”, afirma Sônia.

A psicanalista diz que não se deve vincular o crime em Realengo a um caso de bullying. “A mente doentia de Wellington associou duas ideias: eu sofri bullying e vou matar crianças inocentes. Não devemos comprar ou cultuar esta ideia, pois ela foi estabelecida por uma mente extremamente doente e que renegou os códigos que norteiam as relações sociais”, afirma Sônia. “Quem sofre bullying pode se proteger buscando na própria sociedade o que lhe é de direito, como, por exemplo, conversar com a direção da escola, procurar a Vara da Infância e da Adolescência ou uma Delegacia de Polícia.” (Portal G1)

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