Propagandas

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Um retrato dos resultados e das questões do exame de leitura mostra em que precisamos avançar


Um retrato desalentador Alunos fora da escola ou com desempenho ruim são a regra na América Latina. Ilustração e gráfico: Luciano VeroneziNo ranking geral do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), o Brasil é o 53º colocado entre os 65 países participantes. Se compararmos o desempenho em relação à primeira edição, em 2000, os cerca de 20 mil alunos de 15 anos que realizaram o exame conseguiram elevar em 9% a média brasileira, melhoria insuficiente, entretanto, para nos distanciar das últimas posições da lista. Repercutidos em jornais e revistas, esses números geram reações que variam do espanto ao desânimo. Mas não vão além disso. Para que essa espécie de Copa do Mundo da Educação ajude, de alguma forma, a aperfeiçoar o ensino, é preciso mergulhar no oceano de informações que a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), clube das nações mais ricas do planeta e responsável pela realização da prova, disponibiliza assim que os resultados são publicados. 

O principal recurso é o relatório Pisa 2009 Results: What Students Know and Can Do (Resultados do Pisa 2009: O Que os Estudantes Sabem e Podem Fazer), um compêndio de 276 páginas com dezenas de tabelas, estatísticas e análises sobre o exame. NOVA ESCOLA esquadrinhou o material com a ajuda das especialistas Maria Teresa Tedesco, do Colégio de Aplicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Gisele Gama, consultora do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e diretora-presidente da Abaquar Consultores, em Brasília, e Kátia Lomba Bräkling, coautora dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e professora do Instituto Superior de Educação Vera Cruz (Isevec), em São Paulo. 

Esta reportagem é o resultado desse trabalho. Aqui, você confere detalhes sobre diversos aspectos do exame de leitura, a ênfase da edição de 2009 (o que, na prática, significa que a prova tem mais questões dessa área em relação às outras duas avaliadas, Matemática e Ciências). Um quadro-resumo sintetiza o que a prova avalia e como isso é feito (leia na próxima página). Um estudo dos gráficos mostra quem são os alunos que mais precisam de ajuda - infelizmente, eles são mais do que se imagina (leia o quadro abaixo). Três textos da prova de 2009 são comentados para exemplificar como o conhecimento é aferido pelas questões. Por fim, apresentamos um histórico da avaliação, o que ela revela sobre o ensino brasileiro e suas vantagens e limitações. (Revista Nova Escola)

Nenhum comentário: