Propagandas

domingo, 17 de abril de 2011

Métodos de Ensino

Há algum tempo que a maioria das escolas brasileiras adotou o construtivismo em sua linha pedagógica.

 O construtivismo veio principalmente para dar espaço para que a criança construa suas hipóteses de linguagem, sem o apoio da cartilha. Não pela cartilha estar errada, mas para uma geração que possui tantas fontes para retirar seu conhecimento, nada mais nobre do que participar ativamente da sua construção.

A valorização dos desenhos, das tentativas de escrita, da descoberta dos sons, das letras, das sílabas, até finalmente formar as palavras, é realmente incrível para o educador que acompanha turmas nesse método. Poder utilizar diferentes textos, independente das dificuldades ortográficas e perceber que eles são atrativos e interessantes para a criança, formam crianças mais leitoras e produtoras de texto do que as alfabetizadas nos métodos tradicionais. Outra vantagem do construtivismo é a cooperação, o trabalho em grupo e principalmente a valorização das descobertas.
Muitas escolas, antigas ou tradicionais, não adeptas ao construtivismo, também não utilizam mais cartilhas e métodos tradicionais de ensino, porém optam em utilizar apostilas, e nela prevêem diferentes meios de se ensinar um mesmo conteúdo - também acesso a diferentes tipos de texto e a experiências, além de pesquisas e atividades interativas. Para esse tipo de escolas, normalmente os coordenadores e diretores esclarecem seus objetivos aos pais na primeira visita à escola, ou nas reuniões de pais e mestres.
Em tempo de inclusão nas escolas, mesclam-se muitos métodos e concepções de ensino, para atender essas diferenças, como os originários de Maria Montessori, que privilegiava as atividades de vida prática e o trabalho com fichas individuais como forma de respeitar o ritmo de cada aluno. 
Atualmente indica-se principalmente para as crianças muito ativas, o método Waldorf, que privilegia a prática antes da teoria, e costumam ser aplicado em escolas com espaços físicos amplos e muitas atividades práticas, além de darem preferência para que a professora acompanhe o grupo ao longo de vários anos.
É também crescente o número de escolas bilíngües, mesmo para educação infantil, já que os pequenos, principalmente a partir dos quatro anos, têm realmente facilidade e vontade de aprender, e os pais, menos tempo em levá-los em diferentes atividades, concentram cada vez mais tudo o que desejam numa mesma escola. O aprendizado de outra língua é, sem dúvida, a prioridade dos cursos extras dos optantes pela escola particular.

Enfim, não existe método melhor ou pior, o que essa geração conquistou foram opções de acordo com a preferência e adaptação de cada um. Cabe principalmente aos pais, perceber se seus filhos estão adaptados as opções que eles fizeram. Escola deve ser lugar de criança feliz, e para isso deve ser atrativa e estimulante. O primeiro sinal de que a escolha não está certa para seu filho é a felicidade. Ele não precisa adorar todas as atividades que a escola oferece, e nem implorar por escola nas férias, mas ele deve achar que a escola que ele está é a melhor opção de aprendizado e entretenimento que ele tem disponível no seu cotidiano.
Michelle Maneira é pedagoga, com pós-graduação em psicopedagogia e especialização em tecnologias educacionais, professora de educação infantil da rede pública.

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