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domingo, 10 de abril de 2011

Gravidez do ponto de vista do pai


Imagem Divulgação

Tudo bem que o tema gravidez esteja meio saturado para a mulherada. Afinal, são inúmeras as reportagens, livros, cartilhas e materiais destinados ao público feminino, não é mesmo? O público masculino, ao contrário, não tinha para onde correr, ou, melhor dizendo, algo que pudesse ler após receber a notícia de que será papai.

Não tinha, mas agora tem. Foi Renato Kaufmann quem teve a coragem de revelar o que é a experiência da gravidez do ponto de vista deles. Em "Diário de um grávido" (Mescla Editorial, 2010) - livro inspirado no blog www.diariogravido.blogspot.com -, o jornalista conta com sinceridade o que passou desde que sua companheira, Ana, contou que estava grávida até o nascimento e os primeiros dias de sua filha, Lucia.

Quem já leu, recomenda. "Chorei de rir lendo o livro. Não é legal só pra quem está vivendo essa experiência não, indico para qualquer público", diz o engenheiro de software Silvio dos Passos Neto. Ele descobriu há pouco tempo que vai ser pai, e descreve a sensação. "Está sendo surreal. Indescritível... mas menos assustador do que parece - por enquanto!"

Para saciar a curiosidade dos leitores de plantão, o Vila Filhos conversou com o autor da obra. Se depender do bom humor de Kaufmann, podemos mesmo esperar muitas risadas durante a leitura do "Diário de um grávido".

Como e quando surgiu a ideia de compartilhar sua experiência em se tornar pai através de um blog e de um livro? 

Três dias depois de ter recebido aquela primeira notícia, entrei no pânico que é marca registrada nesse momento ao gênero masculino. Estava em um turbilhão de ideias e sentimentos e decidi que iria escrever sobre o que estava passando. O livro surgiu a partir de sugestões dos leitores do blog, que ficavam pedindo algo pra ler na cama.

Qual o seu propósito com o blog e o livro? 

Inicialmente, o blog era pra mim mesmo, uma atividade terapêutica e que ajudava a por os pensamentos em ordem. Com a Lucia nascida, o blog passou a tratar da paternidade, e também é um registro de etapas da Lucia que ela vai gostar muito quando for mais velha. E seu eu morrer cedo, ela vai poder conhecer melhor o pai, em geral e em relação a ela. Já o livro vem preencher um vácuo de publicações sobre gravidez voltadas ao público masculino, afinal o homem é um cidadão de segunda classe na gravidez. E só de saber que tem outras pessoas passando por coisas parecidas, e rir delas, já gera um alívio psicológico danado.

Para quem você o indica? 

Para grávidos e grávidas, para pais (e mães) de todas as idades, para filhos que querem entender melhor que tipo de ‘perrengue’ seus pais passaram para tê-los e para pessoas que gostam de ler. Ou seja, todo mundo.

Você pode contar um pouco da experiência com a gravidez? Quais foram os momentos mais surpreendentes? 

Foi uma experiência encantadora. Se eu soubesse que era tão bom, teria começado mais cedo. Eu e a Ana nos aproximamos ainda mais nesse período. Surpreendente... Todos os ultrassons, a primeira roupinha, uma cirurgia de emergência e, claro, o nascimento.

Qual a grande maravilha - e dificuldade - da gravidez? 

A grande maravilha é que quem engravida é a mulher. A grande dificuldade, idem!
Se eu fosse um cavalo marinho, talvez. Apesar de ser divertido usar a palavra "grávido", nós homens não temos ideia do que é uma gravidez para uma mulher. E não adianta dizer que quem teve lombriga sabe o que é carregar e nutrir uma vida dentro de si.

Por Priscilla Nery (MBPress)

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